
Ontem assisti um filme nacional no cinema, que me levou a várias reflexões, este filme torna-se polêmico para muitos a partir do título: "Lula, o filho do Brasil".
Talvez achem estranho tal discussão aqui no Tocou, e apesar de não ser crítica de cinema ou algum título que me confira autoridade para tal, não me esquivo das reflexões pela polêmica, dialogar e omitir opinião própria é o toque da vez!
Todos já sabem as dificuldades enfrentadas pelo cinema nacional no nosso país, muitas vezes não por falhas de produção, mas por uma cultura consumista de filmes americanos. O ano de 2009 foi considerado por muitos, como "O ano de gala" da produção cinematográfica brasileira, isto por seu alto índice de bilheteria alcançado. Mas por que tivemos um ano atípico?! Acredito que o velho costume da discriminação nacional não tenha sido vencida por questões astrológicas ou de marketing, e sim pela combinação de humor x popularidade de emissora de Tv (divulgadora e produtora) nessa jogada.
O filme baseado no livro homônimo biográfico escrito por Denise Paraná, não deu continuidade nesse novo 'boom' de bilheteria tupiniquim, quais seriam os motivos?!
- O velho hábito de discriminação da produção nacional?
- O fato de não ser um filme de comédia água com acúcar?
- A presença de tema político no roteiro?
- As críticas negativas ao filme.
- Protesto ao Presidente e sua trajetória/ avesso a sua popularidade?
Acredito que todos os motivos acima justificam essa baixa - na opinião de Pedro Butcher, editor da Filme B, (empresa especializada em números do mercado cinematográfico) a estratégia de lançamento do filme foi arriscada demais. "Lula" teve sua pré-estreia muito antes, na abertura do Festival de Brasília em novembro, e ganhou sessões especiais nas semanas seguintes. Porém ademais de todos esses motivos, formulo uma única conclusão: o costume brasileiro de não fazer sua crítica pessoal.
A política é inserida em tudo que nos rodeia em um convívio social, porém a maioria da população usa como resposta automática o "política não se discute" evitanto qualquer tipo de reflexão ou diálogo, e acho que esse é o maior motivo da baixa popularidade do filme, apesar da Crítica creditar como superficial ou ignorada a trajetória política do Presidente exibida no roteiro. Não só pelo nome, como pelo roteiro (na minha leiga percepção) vejo que este filme quis seguir a linha do "Os filhos de Francisco" mostrando a trajetória de lutas e conquistas de homens que nasceram marginalizados socialmente, e por que senão o motivo político, para afastar as duas produções no quesito bilheteria?!
Essa produção a meu ver, não serve como termômetro da popularidade presidencial, apesar do ano político, "nunca antes na história desse país" houve tanta reconhecimento de política pública internacionalmente ou ainda um alto índice popular depois de anos de governo, porém o medo da discussão ou tomar 'partido' sobre uma produção com personagem político, seria suficiente para tal resistência de um público que se acostuma pagar para ver tremular a bandeirinha vermelha e azul, e acha ufanista qualquer tom verde-amarelo.
Esse é 'o meu partido' e você, o que te toca sobre isso?!
Ps: Sobre o filme, qual o meu conceito?! A história de um Luís brasileiro, gostei e recomendo.